“Onde Vivem os Monstros” é um dos filmes mais comentados do ano passado. Primeiro por ser a aguardada adaptação do Best Seller de mesmo nome, segundo por ter sido adaptado por Spike Jonze (“Quero Ser John Malkovich”, “Adaptação”), e, por último, por ter sido super criticado por várias pessoas que viram o filme. Quanto a isso eu gostaria sinceramente de saber o porquê, apesar de ser um dos que mais apóiam a idéia de que gosto é gosto, cada um tem o seu e é bom respeitá-lo.
A história do livro/filme é sobre o garoto Max (Max Records), menino rebelde, mas que no fundo só gosta de um pouco de atenção. Sinceramente, não fica claro no filme se ele é autista ou se sua rebeldia é por conta da separação entre sua mãe (Katherine Keener) e seu pai (não aparece no filme e eu não li o livro), e o fato de sua irmã não lhe dar muita atenção. Mas, apesar de seus ataques de histeria, Max adora brincar e tem uma imaginação muito fértil.
Um dia, após ter sido repreendido por sua mãe, ate então super amável e compreensiva, o menino foge de casa e vai viver uma grande aventura imaginativa, baseada em sua vida pessoal e em seus brinquedos e joguinhos existentes em seu quarto.
Nesta aventura, Max conhecerá os monstros Carol (voz de James Gandolfini), KW (voz de Laurem Ambrose), Alexander (voz de Paul Dano), Douglas (voz de Chris Cooper), Judith (voz de Catherine O´Hara), Ira (voz de Forest Whitaker) e o Touro (voz de Michael Berry Jr.) e viverá com eles ótimos e inesquecíveis momentos.
“Onde Vivem os Monstros” é um filme bonito, porém é uma história comum se formos parar pra pensar, afinal, quantas crianças, normais ou não, não tem a oportunidade de brincar ou ter grande atenção de seus pais e irmãos e buscam na imaginação uma forma de serem ouvidos, bem quistos e felizes? Jonze retrata muito bem o sentimento de Max nesta aventura cheia de ação e emoção, com uma belíssima fotografia, ótimos efeitos especiais, usados para dar vida aos monstros (todos vividos por dubles), uma trilha sonora encaixada perfeitamente no clima, sem falar no carisma do menino Max. Poder ver em Blu-Ray é ainda bem melhor.
Toda criança tem imaginação fértil e infelizmente muitas delas só podem contar com isso para serem felizes.
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