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26 de fev. de 2013

Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer

Bruce Willis está de volta nesta nova aventura, que agora mostra não somente um McClane em ação, mas dois, pois seu filho Jack (Jai Courtney) também é parte da história.
Com direção do até competente John Moore (“Atrás das Linhas Inimigas”, “O Vôo da Phoenix” e “Max Payne”) e roteiro do homem da ação Skip Woods (“Esquadrão Classe A”, “A Senha: Swordfish”), este novo Duro de Matar tem uma história comum, mas que serve como alicerce para juntar em ação pai e filho, duas gerações de McClane: a antiga com Willis, bem old school, e a nova com Courtney, mais high tech. Esta mistura de estilos e junção funciona muito bem, graças à ótima química dos atores.

Apesar da história não ter muita inovação, a ação faz valer tudo aquilo que gostamos na franquia Duro de Matar, ainda que o foco não seja somente no personagem de Willis e isso seja um ponto positivo e negativo ao mesmo tempo. Positivo, pois os produtores devem estar pensando em renovar a franquia com outro ator e personagem, neste caso Jai Courtney vivendo o jovem McClane (o que ele prova ter carisma suficiente para fazer), e negativo, pois tudo aquilo que éramos acostumados a ver com McClane ficaram um pouco de lado por conta da mistura do old school com o high tech citado acima.

“Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer” é um ótimo filme. Não é melhor que seus antecessores, mas ainda assim é muito bom para um possível reinício da franquia. Tem ação, diversão e mentira, tudo aquilo que o fã espera ver. “Yippee Ki-Yay”.





Direção - John Moore
Roteiro - Skip Woods
Duração - 98 min
Gênero - Ação
Nome Original - A Good Day to Die Hard
Pais - EUA
Ano - 2013

24 de fev. de 2013

Tem ex-campeão de volta ao topo

"Duro de Matar 5" não conseguiu se manter no topo após as péssimas críticas (eu discordo das criticas por sinal); na verdade o novo filme de John McClane nem no pódio ficou.


"Uma Ladra Sem Limites", comédia estrelada por Jason Bateman e Melissa McCarthy que está prevista para estrear no Brasil Maio, voltou ao topo do pódio e garantiu o ouro ao arrecadar mais 14 milhões de dólares aproximadamente, chegando a um montante de aproximados 93,5 milhões em 3 semanas.

Em 2º lugar "Snitch", novo filme de ação com The Rock. "O Acordo", como está sendo chamado no Brasil, faturou 13 milhões de dólares e por pouco não conseguiu a medalha de ouro. A estréia no Brasil está marcada já para as próximas semanas.

Fechando nosso TOP 3 está "Escape From Planet Earth", animação da Weinstein Company que conseguiu lucrar 11 milhões, garantiu o bronze e soma agora aproximados 35 milhões de dólares em 10 dias. Infelizmente ainda não temos previsão de estréia no Brasil.

Na próxima semana teremos muitas estréias movimentando os cinemas americanos, entre elas o aguardado "Jack - O Matador de Gigantes".

20 de fev. de 2013

Amor

Diretor e roteirista de obras incisivas, Michael Haneke, é um dos poucos cineastas da atualidade que respeita, instiga e provoca o espectador. Não esperar algo de fácil assimilação é um requisito fundamental para a apreciação de uma filmografia marcante. Desde A Professora de Piano, passando por Cachè e A Fita Branca e com o mais recente, Amor, a inquietação começa com a expectativa apropriada acerca do conteúdo e forma do que se pode vir a ser desenvolvido.

A proximidade do fim da vida é um tema que remete a reflexões profundas. Surgem inúmeras lembranças. De atos, gestos e convivência. A vida de um casal octagenário e solitário, Georges (Jean-Louis Trintingant) e Anne (Emmanuelle Riva), tem a rotina brutalmente alterada com o acidente isquêmico dela, deixando-a limitada para as ações cotidianas e dependendo do marido para executá-las. Dificuldades que são apenas testemunhadas esporadicamente pelas visitas da filha (Isabelle Huppert). A degeneração é progressiva e irreversível, despertando emoções e sentimentos que colocam à prova os limites do amor entre o casal, além da capacidade humana de suportar a adversidade e a dor.

Haneke é implacável na condução do drama instalado e sobretudo na representação da dignidade humana. Como dar a ela a importância que tem? A resposta está no total domínio do espaço e tempo retratados em cena, E colocando os talentos da dupla espetacularmente disponíveis para o completo objetivo traçado se configurar na prática. Colocando, desta forma para a plateia, um possível espelho, sem maquiagens ou mascáras insuficientes, de uma situação muito inquetante. O incômodo se faz presente. Suportável, pelo maior dos sentimentos. Porém, ambos podem ser finitos ou mutáveis, levando a atitudes duras de aceitar. A câmera de Haneke, então, passeia pelo ambiente do lar de Anne e Georges para salientar o que fica e o que se tranforma.

O tempo se transfigura em lembranças expostas nas paredes, no piano utilizado profissionalmente e agora quase como uma relíquia; nos álbuns de fotografia; nos relatos do esposo para a amada. Um tempo que não volta. Modificou-se. Está agora apenas na memória, para quem sabe, aplacar o sofrmento do presente.

Riva, a veteraníssima francesa que despontou com Hiroshima, Meu Amor, de Resnais, hipnotiza, encanta, choca e demonstra a técnica superlativa de uma impecável atriz. Uma interpretação sem ressalvas negativas, digna ao propósito de afastar qualquer indiferença do espectador para o drama retratado e à capacidade incrível de uma atriz plenamente talentosa. Olhares, gestuais, entonações. Todos irrepreensíveis. O magistral Trintingnant (Um Homem, Uma Mulher, Z e A Fraternidade é Vermelha), saiu de uma "aposentadoria" para nos privilegiar com um talento que sempre se sobressai, abraçando um personagem tão complexo, realista, com qualidades de atuação intensas e precisas. 

Exemplos de atuações inesquecíveis, uma direção estupenda de Haneke e mais uma  prova do valor do cinema como uma manifestação artística que extrai de talentos humanos o melhor para a reflexão da vida!!

Direção e Roteiro: Michael Haneke
Duração  125 minutos
Gênero: Drama
Nome Original: Amour
País: Áustria / França
Ano: 2012

18 de fev. de 2013

Vencedores WGA 2013

Foram divulgados ha pouco os vencedores do Prêmio do Sindicato dos Roteiristas (WGA). Veja a lista das principais categorias com os ganhadores em negrito:






CINEMA
Melhor Roteiro Original:

- "O Vôo" por John Gatins
- "Looper" por Rian Johnson
- "The Master" por Paul Thomas Anderson
- "Moonrise Kingdom" por Wes Anderson and Roman Coppola
- "A Hora Mais Escura" por Mark Boal

Melhor Roteiro Adaptado:

- "Argo" por Chris Terrio
- "As Aventuras de Pi" por David Magee
- "Lincoln" por Tony Kushner
- "As Vantagens de Ser Invisível" por Stephen Chbosky
- "O Lado Bom da Vida" por David O. Russell

Melhor Documentário:

"The Central Park Five" por Sarah Burns, David McMahon e Ken Burns 
"The Invisible War" por Kirby Dick 
"Mea Maxima Culpa: Silence in the House of God" por Alex Gibney 
"Searching for Sugar Man" por Malik Bendejelloul 
"We Are Legion: The Story of the Hacktivists" por Brian Knappenberger
"West of Memphis" por Amy Berg e Billy McMillin

TV
Melhor Série Comédia:

"30 Rock", que ainda teve 1 roteiro indicado para melhor capítulo
"Parks and Recreation", que ainda teve 1 roteiro indicado para melhor capítulo
"Girls"
"Louie"
"Modern Family", que ainda teve 3 roteiros indicados para melhor capítulo (venceu como melhor episódio comédia por "Virgin Territory")

Melhor Série Drama:

"Breaking Bad"que ainda teve 4 roteiros indicados para melhor capítulo
"Boardwalk Empire"
"Game of Thrones"
"Mad Men", que ainda teve 1 roteiro indicado para melhor capítulo (venceu como melhor episódio drama por "The Other Woman")
"Homeland", que ainda teve 1 roteiro indicado para melhor capítulo

Melhor Nova Série:

"Girls"
"The Mindy Project"
"Nashville"
"The Newsroom"
"Veep"

Esta foi a última prévia para o Oscar 2013 que acontece no próximo domingo 24 de fevereiro. Completem seus bolões.

17 de fev. de 2013

Duro de Matar em 1º

Campeão da semana passada: "Uma Ladra Sem Limites" perde lugar para novo filme da franquia "Duro de Matar", que estréia no pódio, assim como o também estreante "Um Porto Seguro".


"Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer", 5º filme da franquia estrelada por Bruce Willis, conseguiu o lugar mais alto do pódio ao arrecadar 25 milhões de dólares de sexta a domingo que somando ao arrecadado na quinta-feira, chega a um montante de aproximados 33 milhões de dólares. Bom valor pro topo do pódio, mas ruim para o nível da franquia com relação as suas arrecadações anteriores. A estréia no Brasil acontece na próxima sexta dia 22 de fevereiro.

Em 2º lugar e com a prata está o ex-campeão "Uma Ladra Sem Limites" que com mais 23,5 milhões aproximadamente, chega a um montante de também aproximados 70,5 milhões em 10 dias. A estréia no Brasil da comédia estrelada por Jason Bateman e Melissa McCarthy está prevista para Maio.

Fechando nosso TOP 3 está o novo romance de Nicholas Sparks para os cinemas: "Um Porto Seguro", desta vez estrelado por Julianne Hough ("Rock of Ages") e Josh Duhamel ("Transformers"). O romance arrecadou aproximados 21,5 milhões chegando a um total no final de semana de 30,5 milhões aproximadamente, graças ao feriado de quinta-feira. A estréia no Brasil está prevista para o final de abril.

Semana que vem teremos drama, suspense e ação dentre as estréias. Até lá.

14 de fev. de 2013

Meu Namorado é um Zumbi

Nicholas Hoult e Teresa Palmer estrelam esta divertida comédia romântica com zumbis, onde Hoult é o tal namorado zumbi em questão e Palmer seu interesse romântico.
Os humanos começaram a se transformar em mortos-vivos, porém eles não lembram o porquê e nem quando tudo começou. Espera aí! Zumbi lembrar? Como, se estão mortos? É aí que está o X da questão e a graça do filme: a consciência de alguns zumbis, principalmente do personagem R (Nicholas Hoult), que começa narrando e contando, mais ou menos, como tudo aconteceu. A narração é um dos vários pontos altos e legais do filme e sim, seu nome é apenas R.

A história é simples: um grupo de humanos liderados pela personagem de Teresa Palmer e seu namorado, vivido por Dave Franco (sim, irmão de James Franco), vão até uma farmácia pegar remédios para sua comunidade de sobreviventes e lá são emboscados pelos zumbis, liderados R e seu amigo M (vivido pelo ótimo comediante Rob Corddry). Em meio ao embate e muitas mortes de ambos os lados, surge a paixão instantânea de R por Julie (Teresa Palmer), tanto que ele resolve proteger a humana dos demais zumbis e a leva consigo. A partir daí eles vão começar a “se conhecer melhor”.

Dirigido por Jonathan Levi (“50%”), o filme é muito legal, super divertido, e cheio de sacadas geniais que devem agradar aos fãs de comédia romântica e também de filmes de zumbis. Porém, se você não for fã de nenhum dos gêneros, pode achar o filme um pouco adolescente demais. Mesmo assim, acho difícil alguém não gostar do filme, nem que seja só um pouquinho.



Direção e Roteiro - Jonathan Levi
Duração - 98 min
Gênero - Comédia/Romance/Terror
Nome Original - Warm Bodies
Pais - EUA
Ano - 2013

10 de fev. de 2013

Estreantes no TOP 3

Reza a lenda que a briga pela bilheteria americana em cada final de semana deveria ser entre seus estreantes e o grande campeão da semana anterior, porém quase nunca isso acontece, são raras as exceções. Hoje é uma delas:


"Identity Thief" ("Uma Ladra Sem Limites"), nova comédia de Seth Gordon ("Quero Matar meu Chefe") estrelada por Jason Bateman e Melissa McCarthy, conseguiu o topo do pódio e a medalha de ouro ao arrecadar excelentes e aproximados 36,5 milhões de dólares de sexta a domingo. O filme tem previsão de estréia no Brasil para Maio .

Em 2º lugar e com a prata temos o ex-campeão "Meu Namorado é um Zumbi", que com mais 11,5 milhões chega a um montante de 36,5 milhões de dólares, aproximadamente, em 10 dias. Coincidentemente a quantia obtida somente neste final de semana pelo recente campeão.

Fechando nosso TOP 3 está o outro estreante da semana: "Side Effects" ("Terapia de Risco"), novo drama de Steven Soderbergh. O filme, que tem previsão de estréia para o inicio do próximo mês de março, arrecadou fechados 10 milhões de dólares; o suficiente para finalmente tirar do pódio o excelente "O Lado Bom da Vida" e conquistar o bronze.

Semana que vem a briga será boa com as estréias dos aguardados "Dezesseis Luas" e "Duro de Matar 5"

8 de fev. de 2013

Caça aos Gângsteres

Los Angeles, década de 40, época da máfia e dos gângsteres, onde um deles, Mickey Cohen (Sean Penn), resolve tomar conta da cidade. O que Cohen não esperava era que uma força tarefa, formada basicamente por policiais, mas agindo por conta própria, fosse ao seu encalço sem o medo que as pessoas geralmente sentiam por ele. Basicamente esta é a premissa de “Caça aos Gângsteres”, filme que demorou a ser lançado por conter uma cena de tiroteio dentro de um cinema, ação parecida à ocorrida no ano passado nos EUA em mais um dia trágico para os americanos. 

Como falei acima, o filme vai mostrar esta força tarefa – que se auto intitulará “Gangster Squad” (título original do filme) – indo à caça do perigoso mafioso Mickey Cohen. Apesar do filme não ser tão inovador, seu chamariz é o maravilhoso elenco que vai desde Sean Penn, passando por Ryan Gosling, Emma Stone, Josh Brolin, Anthony Mackie, Giovanni Ribisi, Michael Peña, Robert Patrick, entre outros, até chegar a Nick Nolte.

Mas o elenco, apesar de ser o chamariz, é apenas um dos vários pontos altos do filme, que tem uma ótima direção de Ruben Fleischer (“Zumbilândia”) e uma parte técnica impecável: a direção de arte, edição e fotografia do filme são excelentes, isso sem falar na trilha sonora. Tudo funciona direito fazendo “Caça aos Gângsteres” não ser mais um filme qualquer do gênero, que se aproveita do elenco para ser apreciado, mas um filme do gênero a ser lembrado não apenas por seu elenco, mas por todo seu conteúdo.

Direção - Ruben Fleischer
Roteiro - Will Beall
Duração - 113 min
Gênero - Ação/Policial
Nome Original - Gangster Squad
Pais - EUA
Ano - 2013

5 de fev. de 2013

Django Livre


Estilo aplicado a fatos históricos. O que priorizar? Como harmonizá-los? As perguntas talvez não possuam respostas prontas ou próximas a um consenso para o cinema de Quentin Tarantino. O conceito de reelaboração de certos signos de alguns gêneros se adeque mais ao que o ele vem produzindo nos dois últimos filmes, Bastardos Inglórios e este Django Livre, quando o flerte com acontecimentos reais se tornou mais evidente, dando motivos para discussões, com argumentações favoráveis ou contrárias ao caminho seguido pelo diretor e roteirista. Caminho que termina em um mesmo destino.

Situada no final do século XIX,  a trama de Django, revela as atividades do Dr. King Shultz (Christoph Waltz), um dentista e agora um caçador de recompensas, à procura de um trio de irmãos para executa-los. Acaba, buscando ajuda no Texas, abordando um grupo de escravos. Entre eles, está Django (Jamie Foxx), sendo alforriado pelo justiceiro. Ambos partem em busca dos marcados para a morte por Shultz e o passado  do agora ex-escravo vem à tona, envolvendo a esposa ainda aprisionada Broomhilde (Kerry Washington). Como parte de um acordo, aprendiz e mestre , pois agora Django se transformou em parceiro e também é um caçador de recompensas, vão tentar libertar Boomhillde, mas antes precisam enfrentar cruel Calvin Candie (Leonardo DiCaprio) e o fiel escudeiro Stephen (Samuel L. Jackson).

O cinema de Tarantino possui algumas características praticamente estáticas. Seria algo como ser igual, mas ao mesmo tempo parecendo diferente. Varia a trama ou a ambientação. Porém, o âmago e os elementos típicos, permanecem.

O tema da escravidão e do racismo, adicionados ao Western spaghetti de Sergio Leoni e Corbucci, serviram ao estilo de Tarantino, alcança um resultado controverso, passível de louvação ou de ressalvas. A homenagem é bem vinda, com sequências que brincam com determinados ícones desta variação de um gênero, que muitos consideram nascedouro de uma linguagem cinematográfica própria, particular. O personagem principal, com simbólico nome, dá o tom de reverência. Até o ator que o personificou pela primeira vez, Franco Nero, reaparece em um diálogo bem espirituoso e engraçado com o Django atual.  A trilha sonora, com temas clássicos (de Morricone, inclusive), serve para o clima de rememoração se instalar mais fixamente. O diferencial é um capricho maior na direção de arte, na fotografia e no domínio narrativo, auxiliado pela boa edição.

Outra marca já bastante positiva é o tratamento dos diálogos espertos, precisos, lapidados com maestria por Tarantino, com longos, recheados de ironia e humorados embates entre os personagens. Para tanto, as atuações do elenco também pesam bastante, Christoph Waltz arrasa com mais uma representação de um alemão. Diferentemente do caráter de Hans Landa, o nazista de Bastardos, aqui ele acerescenta um tom mais acinzentado. Frio, calculista, porém generoso. Mais um Oscar para Waltz?? Muito possivelmente. Dicaprio,também oferece um Candie extremamente bem caracterizado. Jamie Foxx, correto. E Jackson, com talvez, o personagem mais complexo e controverso, em falas hilárias, atitudes realistas e uma lealdade ao patrão que leva à uma reflexão mais que pertinente sobre o caráter humano imprevisível, vingativo e mutável.

A vingança, entretanto, tema básico tarantinesco, quase compromete o resultado final, Os que amam esta marca registrada do cineasta, justificam como sendo algo que não pode ser alterado. Ou seja, a previsibilidade (divertida, ate quando?) é vista como um mérito. Mas até os grandes mestres, como o próprio Leone, Scorsese e Kubrick, ousaram com a adoção de outros caminhos mais criativos e desafiadores.

Direção e Roteiro: Quentin Tarantino
Duração 165 minutos
Gênero: Faroeste
Nome Original: Django Unchained
País: EUA
Ano: 2012

4 de fev. de 2013

Os Miseráveis

“Os Miseráveis” teve uma versão em 98 para os cinemas estrelada por Liam Neeson, Geoffrey Rush, Uma Thurman e Claire Danes e eu, particularmente, adoro aquele filme. Quando soube que Tom Hooper (“O Discurso do Rei”) iria fazer uma nova versão do clássico de Victor Hugo, porém uma versão musical, inspirada também no musical da Broadway, fiquei empolgado, principalmente com a confirmação do elenco contratado.

A história do filme, e não sei se é totalmente fiel ao conto ou se é voltada mais para a adaptação da Broadway (que pode ser totalmente fiel ao conto por sinal), se passa no século 19 e mostra o início da saga de Jean Valjean (Hugh Jackman em espetacular performance que lhe rendeu uma indicação ao Oscar e, inclusive, pode lhe dar a estatueta, apesar de seu forte concorrente), um homem comum que foi condenado a 19 anos de prisão por ter roubado um pão. Em seu encalço está o policial Javert (Russel Crowe mostrando que também sabe cantar), um oficial da lei que leva ao extremo o código de conduta da polícia. Javert é quem dá a Valjean sua carta de liberdade condicional e quando descobre futuramente que Valjean fugiu, prepara uma caça ao fugitivo, que vai durar por muitos anos e virar mais que pessoal.

“Os Miseráveis” tem como pano de fundo este confronto de Valjean e Javert, mas também possui outras histórias, como a Revolução Francesa e o amor entre Fantine (Anne Hathaway em uma performance também espetacular que lhe rendeu uma indicação ao Oscar e deve lhe dar o prêmio) e Cosette (Amanda Seyfried – já acostumada a musicais), mãe e filha que acabaram se separando por problemas financeiros e, digamos, judiciais, mas que irão se unir apenas pelo sentimento do amor, sentimento este que será levado por Valjean, o elo em comum entre elas.

Muito bem dirigido, com uma bela fotografia e um elenco espetacular, o filme pode parecer chato e cansativo para alguns (com certeza os não amantes do gênero), mas é um prato cheio para muitos, pois além de todos os excelentes aspectos técnicos, a história é muito bonita. Esta versão musical é mais completa e emocionante que a de 98, além de que está musicalmente acima da média para musicais, pois são poucos os momentos onde a fala cantada não soa bem. Tudo se encaixa perfeitamente.

Um filme que merece todos os elogios e indicações que está tendo. Imperdível.

Direção - Tom Hooper
Roteiro - William Nicholson
Duração - 158 min
Gênero - Drama/Romance/Musical
Nome Original - Les Misérables
Pais - Reino Unido
Ano - 2012

Lincoln

O Presidente Abraham Lincoln sempre foi um dos grandes presidentes americanos a ser lembrado, e um filme sobre um dos seus grandes feitos, a emancipação dos negros em meio a Guerra Civil Americana, estava prestes a acontecer. Na verdade este projeto está há anos nas mãos de Steven Spielberg, que por vezes chegou a anuncia-lo, mas sempre acontecia algo que impedia o projeto de ir para frente. Uma das coisas que atrasou o filme nesta ultima tentativa foi a perda do protagonista, que originalmente seria Liam Neeson. O mesmo foi substituído por Daniel Day-Lewis, o monstro de Hollywood (chamo-o de monstro, pois a capacidade de atuação de Lewis beira a perfeição e aqui não é diferente, o que pode lhe render seu 3º Oscar).

Apesar de mostrar a questão da emancipação dos negros em plena Guerra Civil, “Lincoln” não possui traços de guerra em suas mais de 2 horas e meia de filme, mas sim de drama, muito drama, e este é um ponto que pode desgostar a muitos espectadores, assim como aconteceu no último filme de Spielberg, “Cavalo de Guerra” (que apesar de ter mais cenas de guerra, foi muito chato). Eu, particularmente, não achei o filme cansativo, pelo contrário, achei muito bom, muito bem dirigido por Spielberg, que se preocupou em filmar de ângulos diferentes cada cena, captando particularidades de Lincoln que engrandeciam ainda mais sua figura, sem falar no resto.

O elenco também é espetacular e este foi outro ponto positivo do filme, pois um filme longo, dramático, que se segura nos diálogos para chegar onde pretende, precisa de um ótimo elenco, e Spielberg conseguiu isso ao trazer nomes como Tommy Lee Jones (excelente no papel e com indicação ao Oscar mais que merecida, inclusive pode até vencer), Sally Field (de quem particularmente eu não gosto muito, mas está ótima no filme), David Strathairn, Jared Harris, Lee Pace, entre outros.

“Lincoln” é um filme de americanos, para americanos, típico filme histórico que enche os olhos dos patriotas e principalmente dos velhinhos da academia, e não é a toa que é o filme com maior número de indicações. Até alguns meses atrás era o franco favorito (até eu achava isso, achava...) a levar o Oscar, mas diferentemente do ex Presidente, este “Lincoln” aqui não deve ser lembrado futuramente por grandes feitos não – apesar  de ter sido um excelente trabalho de todos os envolvidos – mas sim apenas mais um filme histórico que levou várias indicações ao Oscar.

Direção - Steven Spielberg
Roteiro - Tony Kushner
Duração - 150 min
Gênero - Drama
Nome Original - Lincoln
Pais - EUA
Ano - 2012

3 de fev. de 2013

Liderança Zumbi com folga

Entre os estreantes da semana tínhamos "Meu Namorado é um Zumbi", "Amigos Inseparáveis" e "Bullet to the Head", mas a verdade é que somente um se deu muito bem, enquanto os demais... bem, deixa pra lá, né Stallone?

"Meu Namorado é um Zumbi" ("Warm Bodies"), comédia romântica de zumbis, foi o grande campeão da bilheteria americana ao arrecadar 20 milhões de dólares e conseguir o ouro e consequentemente o lugar mais alto do pódio. O filme tem estréia marcada já para a próxima semana aqui no Brasil.

Em 2º lugar e com mais, e aproximados 9,20 milhões de dólares está o campeão da semana passada: "João e Maria: Caçadores de Bruxas", que agora chega a um montante de 34,5 milhões de dólares em 10 dias.

Fechando nosso TOP 3 está novamente "O Lado Bom da Vida" que agora chega a aproximados 80,5 milhões de dólares após os 8 milhões arrecadados aproximadamente neste final de semana. O drama indicado a 8 estatuetas douradas, já está em cartaz em Belém, e passa ha 12 semanas nos EUA.

Semana que vem teremos o novo drama de Soderbergh e a nova comédia de Seth Gordon.



É Ben Affleck, é Argo

Foram anunciados ontem os vencedores do 65º DGA Awards, o prêmio do sindicato dos diretores, e Ben Affleck mostrou seu favoritismo vencendo o prêmio que é um parâmetro para o Oscar.

Mas espera ai... Ben Affleck nem indicado ao Oscar foi, ou seja? O Sindicato ao lhe premiar prova o quanto sua direção foi excelente e deixa a disputa ao Oscar totalmente em aberto, apesar que para mim Steven Spielberg e Ang Lee já foram descartados do careca dourado, pois ambos estavam no DGA e no Oscar e como um é parâmetro do outro, perder aqui é perder lá.


Veja a lista dos principais vencedores abaixo:

Ben Affleck por "Argo" em Melhor Filme
Malik Bendjelloul por "Searching for Sugar Man" em Melhor Documentário
Jay Roach por "Game Change" em Melhor Mini-Série
Rian Johnson por "Breaking Bad" ("Fifty-One") em Melhor Série Drama
Lena Dunham por "Girls" ("Pilot") em Melhor Série Comédia

Fiquem ligados, pois ainda faltam os prêmios do BAFTA (10 deste mês) e WGA - Sindicato dos Roteiristas (17 deste mês). Depois é o Oscar dia 24 deste mês.