Novo Campeão na bilheteria

Apesar de termos tido três estréias no final de semana, somente uma fez o merecido para figurar no pódio: "João e Maria", que tirou o bicampeonato de "Mama".

"João e Maria: Caçadores de Bruxas" foi o campeão deste final de semana ao arrecadar 19 milhões de dólares, um valor suficiente para o ouro, mas insuficiente para os cofres do estúdio, visto o filme ser 3D. A estréia foi mundial e se você quiser ver o filme, basta ir a nossas redes.

Em 2º lugar e com a prata está "Mama", que conseguiu arrecadar mais 13 milhões de dólares aproximadamente e chegar a um montante de 48,5 milhões, também aproximados, em 10 dias. A estréia no Brasil está marcada para 5 de abril.

Fechando nosso TOP 3 novamente temos "O Lado Bom da Vida", filme que permanece com o bronze embalado com as oito indicações ao Oscar e muitas críticas positivas. Com mais 10 milhões arrecadados, o montante do filme chega a 69,5 milhões de dólares em 11 semanas. A estréia no Brasil está marcada para 1º de fevereiro.

Na próxima semana teremos "Meu Namorado é um Zumbi", "Amigos Inseparáveis" e "Bullet to the Head", o novo de Stallone. Até lá.

Leia Mais

Vencedores PGA 2013

Foram divulgados ontem os vencedores do PGA 2013, prêmio do Sindicato dos Produtores. Veja abaixo em negrito:

CINEMA

Melhor Filme:

- Argo

- Indomável Sonhadora

- Django Livre

- Os Miseráveis

- As Aventuras de Pi

- Lincoln

- Moonrise Kingdom

- O Lado Bom da Vida

- 007 – Operação Skyfall

- A Hora Mais Escura

Melhor Animação:

- Valente

- Frankenweenie

- ParaNorman

- A Origem dos Guardiões

- Detona Ralph

TV

Melhor Série Comédia:

- 30 Rock

- The Big Bang Theory

- Curb Your Enthusiasm

- Louie

- Modern Family

Melhor Série Drama:

- Breaking Bad

- Downton Abbey

- Game of Thrones

- Mad Men

- Homeland

Melhor Reality Show:

- The Amazing Race

- Dancing with the Stars

- Top Chef

- Project Runway

- The Voice

O prêmio dos produtores é um grande passo rumo ao Oscar e Emmy. Fiquem ligado na data das outras premiações nos demais posts pelo site, mas lembro que amanhã teremos o SAG.

Leia Mais

Decepções e Medo na bilheteria...

Terror é o grande campeão da bilheteria, enquanto aguardados filmes de Mark Wahlberg com Russell Crowe e Arnold Schwarzenegger com Rodrigo Santoro, decepcionam.

O terror "Mama" (interessante trailer), estrelado por Jessica Chastain ("Histórias Cruzadas", "A Árvore da Vida" e "A Hora Mais Escura") e Nikolaj Coster-Waldau (o Jaime Lannister de "Game of Thrones") com produção de Guillermo Del Toro, foi o grande campeão da bilheteria americana abocanhando a medalha de ouro; o filme arrecadou 28 milhões de dólares neste final de semana ficando tranquilamente com o topo do pódio. A estréia no Brasil está marcada para 5 de abril.

Quem ficou em 2º e conseguiu a prata é o ex-campeão "A Hora Mais Escura", que conseguiu aproximadamente mais 17,5 milhões de dólares e já soma 56 milhões nos EUA em 5 semanas, sendo que destas cinco, três foram em salas limitadas e somente as duas últimas no grande circuito. A estréia do indicado ao Oscar no Brasil foi adiada para 15 de fevereiro, apenas 9 dias antes da cerimônia, o que pode ocasionar na não chegada do filme a Belém antes da premiação, infelizmente.

Fechando nosso TOP 3 temos "O Lado Bom da Vida", filme que está há 10 semanas em cartaz, porém com oito indicações ao Oscar, conseguiu o feito de voltar ao pódio e abocanhar o bronze. Com mais 11,5 milhões aproximadamente, o elogiado e aguardado drama com Bradley Cooper, Jennifer Lawrence e Robert De Niro chega a um montante de aproximados 55,5 milhões de dólares. A estréia no Brasil está marcada para 1º de fevereiro.

Como falei no início deste post, os filmes "Broken City", com Wahlberg e Crowe, e "O Último Desafio" (já em cartaz em Belém) com Schwarzenegger  e Santoro, foram os 5º e 10º colocados respectivamente.

Semana que vem teremos as estréias de "João e Maria: Caçadores de Bruxas" (também em Belém), "Para Maiores", "Parker", entre outros. 

Leia Mais

A Viagem

Quando D. W. Griffith revolucionou a utilização da edição no cinema em Intolerância, em 1916, o paralelismo narrativo apenas se tornava palatável com a habilidade em sincronizar as quatro estórias desenvolvidas na obra clássica dele, influenciando para sempre uma leva de realizadores que vislumbram uma sofisticação narrativa. O cinema em processo de evolução e de afirmação como arte.

Ao assistir A Viagem, dos irmãos Lana e Andy Wachowski (trilogia Matrix), dividindo a direção com o alemão Tom Tykwer (Corra Lola, Corra!, Perfume e Trama Internacional), a importância de um encadeamento de imagens realizado com esmero ganha uma dimensão vital para a compreensão de uma intrincada teia de estórias, permeada com um teor filosófico poderoso, capaz de provocar uma catarse na mesma medida e possível, graças ao conjunto de ferramentas tão bem conjugadas na adaptação do livro Cloud Atlas, de David Mitchell (ainda sem tradução para o mercado literário nacional). 

A narrativa acompanha seis estórias que vão e voltam no tempo, com personagens que se cruzam, seja pela similaridade de situações, física ou principalmente, comportamental, desde o século 19 até um futuro pós-apocalíptico, incluindo ainda a época atual, passando por um simples viajante no Oceano Pacífico em 1850 a uma jornalista durante os conturbados anos 1970. Em comum, há a busca de mudança de rumo, de rompimento de convenções. Uma multiplicidade de tipos desfila sob as bençãos de um elenco extremamente competente, liderado por Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Hugo Weaving, Doona Bae, Jim Sturgess e Ben Winshaw.

A aparente complexidade em interligar as seis narrativas vai sendo descortinada progressivamente. O espectador precisa apenas captar a essência delas, de fácil assimilação, para desfrutar uma bela odisseia filosófica sobre a vida, sobre a liberdade, a espiritualidade, o amor, a realidade e como somos tão únicos na manifestação dos sentimentos frente a um universo infinito. Uma ótima tática para gerar esta percepção foi utilizar os mesmos atores para interpretar diversos personagens e em épocas diferentes. Um trabalho de maquiagem hercúleo foi empreendodo, transformando até bem radicalmente alguns deles em aparência, perceptíveis em um olhar mais atento. Porém, o relevante era interligá-los e voltamos, assim, ao papel fundamental da edição.

É nela em os elos se fecham. Complementam-se informações. Aonde o ritmo se delinea e algumas sequências beiram à perfeição, aliando harmonicamente, imagem, som e efeitos sonoros, a inspirada trilha sonora de autoria de Tom Tykwer, Johnny Klimek & Reinhold Heil, além de  situações similares entre as seis narrativas. A complementariedade fica cristalina e o que se denominava como sendo "confuso", torna-se poesia, emoção e uma ode à vida, como uma composição artistica que atravessa o tempo e se torna motivo para questinamentos e reflexões.

Não há como absorver tantas questôes levantadas pelo filme em apenas um contato. A necessidade de revê-lo se firma e é indicada. Como as obras instigantes e inteligentes nos levam, quando o cinema é utilizado para provocar a inquietação nos espectadores.

.

Direção e Roteiro: Andy Wachowski, Lana Wachowski, Tom Tykwer
Duração 172 minutos
Gênero: Drama / Fantasia / Ficção científica
Nome Original: Cloud Atlas
País: EUA / Alemanha
Ano: 2012

Leia Mais

Jack Reacher - O Último Tiro

O novo filme de Tom Cruise é baseado no interessante livro de Lee Child (“One Shot”).

Após um ex-militar ter sido acusado de ser o autor de um tiroteio a esmo que matou cinco pessoas em um parque de NY, uma defensora pública (vivida por Rosamund Pike) decide pegar o caso e alegar a insanidade mental do acusado devido a seu passado turbulento, porém, ele pede para chamar o misterioso Jack Reacher (Tom Cruise).

Reacher é também um ex-militar, que só aparece quando quer e precisa, e sua volta à ativa mostra o porquê de todos os que o conhecem terem medo dele (infelizmente a escolha de Cruise – apesar de bom ator e ter ido bem no papel – não foi a mais acertada, pois ele não tem o tipo físico necessário para impor medo aos seus inimigos). Junto à advogada Helen (Pike), eles vão tentar desvendar o mistério por trás destes assassinatos e inocentar o acusado.

Christopher McQuarrie, roteirista de “Operação Valkyria” e “Os Suspeitos”, tem aqui seu segundo trabalho atrás das câmeras, o primeiro foi “A Sangue Frio” (“The Way of The Gun”), há 13 anos atrás. Sua direção é muito boa (não é a toa que ele está sendo cotado para assumir a direção do vindouro “MI:5”) e é justamente ela um dos pontos altos do filme, que, apesar de bem escrito (roteiro também de sua autoria), é um tanto quanto previsível, ou, no caso, se torna previsível no decorrer de sua duração por conta da boa narrativa e direção de McQuarrie. O elenco de apoio (Werner Herzog, Robert Duvall, Richard Jenkins e Jai Courtney) também está muito bem.

O grande problema do filme, a meu ver, é sua duração. McQuarrie poderia ter encurtado o roteiro em algumas páginas, tirando fatos um pouco desnecessários à trama, ou diminuído algumas cenas, o que daria uma maior agilidade ao filme, uns 20 minutos a menos, e um melhor clímax.  Como eu disse, o roteiro é bem escrito, mas não MUITO bem escrito (risos).

“Um Tiro”, como é chamada a obra de Lee Child, parece ser uma ótima leitura e, como leitura, seu título foca na história em si e não no personagem principal, como os executivos quiseram fazer até intitulando o filme com o nome do personagem de Cruise ao invés de deixar o título da obra original. Isso poderia ter chamado mais espectadores ao cinema e assim ter dado uma bilheteria maior ao filme, tornando-o um sucesso e garantindo sua continuação, algo que a cada dia está mais longe, o que, infelizmente, é uma tristeza aos que gostaram da leitura e queriam ver mais nas telonas.

Direção - Christopher McQuarrie

Roteiro - Christopher McQuarrie

Duração - 130 min

Gênero - Ação/Thriller

Nome Original - Jack Reacher

Pais - EUA

Ano - 2012

Leia Mais

Filme controverso é Lider!!!

"O Massacre da Serra Elétrica 3D" realmente foi uma grande surpresa semana passada, pois o filme caiu de 1º para 9º em sua segunda semana de arrecadação, comprovando o que todos esperavam desta nova versão: uma baixa arrecadação. Com isso, o TOP 3 desta semana esta com 100% de novatos como vocês vêem nos números abaixo:

"A Hora Mais Escura" ("Zero Dark Thirty"), controverso filme da oscarizada Kathryn Bigelow sobre a caçada a Bin Laden foi o grande campeão e portanto detentor da medalha de ouro. O filme, que teve apenas 5 indicações ao Oscar - justamente por conta de toda esta controversia - arrecadou 24 milhões de dólares neste final de semana e já soma 29,5 milhões devido as outras semanas no qual esteve em circuito limitado. A estréia no Brasil foi adiada para 15 de fevereiro.

Em 2º lugar temos outra estréia que é a comédia "Inatividade Paranormal" ("A Haunted House"), sátira escrita, atuada e dirigida por Marlon Wayans. O filme arrecadou aproximados 19 milhões de dólares. A estréia no Brasil está marcada para 1º de fevereiro.

Fechando nosso TOP 3 temos enfim "Caça aos Gângsteres" ("Gangster Squad") que foi adiado por conta do tiroteio ocorrido num cinema americano ano passado. O filme estreou com aproximados 16,5 milhões de dólares e também chega ao Brasil em 1º de fevereiro.

Semana que vem teremos o novo de Schwarzenegger e o drama policial estrelado por Mark Wahlberg e Russell Crowe.

Leia Mais

7 Psicopatas e 1 Shih Tzu

Após o reconhecimento em Na Mira do Chefe, Martin Macdonagh, realiza uma sátira inteligente dos filmes que abordam a violência em 7 Psicopatas e 1 Shih Tzu (título desnecessário, bastava manter os 7 Psychopaths original), além de retratar o processo de criação de forma bastante humorada e com um elenco excepcional. Garantia de um passatempo acima da média em meio a tantos outros que não querem ousar, sem medo de erro.

A Hollyood atual, sabemos, adora requentar roteiros que obtiveram êxito junto ao público e crítica. A rotina dos roteiristas segue uma pressão para a entrega da páginas de ideias aonde a originalidade pode ser um artigo raro. Logo, criar situações, personagens e potenciais sucessos, são praticamente um ultimato para os autores de cinema.

Para Marty (Colin Farrell, também protagonista de Na Mira...), desenvolver uma nova ideia está sendo um tormento, Ajudado pelo amigo Billy (Sam Rockwell), um ladrão de cães que ganha a vida os devolvendo aos donos, juntamente com o misterioso Hans (Christopher Walken), ele quer chegar a um filme sobre psicopatas diferenciado, sem tanta violência, mais filosófico. Só que a brutal realidade interfere decisivamente, principalmente quando se constata que um cão shih tzu roubado por Billy pertence a um violentíssimo gangster (Woody Harrelson) e temperamento imprevisível de Billy pode ser uma ameaça.

Construindo uma divertida narrativa aonde ficção e realidade se entrelaçam, uma linha tênue as separam ou é rompida.Com um estilo que mescla David Lynch e Tarantino, Macdonagh acerta no ritmo da apresentação dos personagens, estabelecendo uma ponte entre os que são criados para o roteiro de Martin e os que cruzam o caminho do escritor, interferindo diretamente no rumo da trama. Uma metalinguagem se firma, com a subversão de alguns e a confirmação de outros estereótipos do tema, adicionados por diálogos espertos e humorados. A violência não é exagerada ou injustificada, servindo para ilustrar o temperamento dos tipos em cena e  amarrar o propósito de quem a insere em um roteiro (o autor).

 

O rumo, sim, de certos  personagens pode ser contestado, pois o espectador mais atento fica se perguntando qual a destinação dada a eles. Além, de outros “absurdos” que funcionam para o clima de humor ficar evidenciado, mas apontam para uma indefinição de objetivo narrativo, enfraquecido ainda por umas subtramas desnecessárias. Por outra perspectiva, esta “confusão”pode ser proposital, refletindo o processo de criação do roteirista Martin. Influenciado pela miscelânea que o acompanha, ele atira em várias direções, então havia a necessidade de expor tudo isso. Mérito. 

Os personagens cativantes (o psicopata de Tom Waits é perfeito), o humor bem colocado e as atuações de um elenco competente se sobrepõem aos erros cometidos. Erros, sim. Mas perdoáveis, pois foram antes, impulsionados pela coragem e ousadia, qualidades raras hoje no ramo cinematográfico. Por isso, já vale assistí-lo!! 

Direção: Martin McDonagh
Roteiro: Martin McDonagh
Duração: 110 minutos
Gênero: Comédia
Nome Original: Seven Psychopaths
País: Reino Unido
Ano: 2012

Leia Mais

Detona Ralph

Nova animação da Disney, é um prato cheio para crianças e adultos, principalmente os amantes de vídeo-game.

Lembro como se fosse ontem, mas na verdade foi há 7 meses atrás, quando meu irmão me perguntou empolgado sobre a nova animação da Disney sobre um vilão de vídeo game e eu nem soube o que lhe dizer, pois realmente nem sabia que a Disney estava fazendo tal animação. Quando pude, semanas depois, ver o trailer, entendi a empolgação de meu irmão e entrei para o time dos ansiosos. Eis que chegou 2013 e finalmente Ralph e sua turma de personagens oriundos dos vídeo games resolveram passar num cinema perto de você.

O filme é sobre Ralph, um vilão famoso que arrebenta tudo em seu jogo, mas que faz isso somente por ser sua origem, sua ‘programação’, pois no fundo é um cara legal que só quer um pouco de atenção e reconhecimento. Seus únicos ‘amigos’ são os outros vilões que se reúnem semanalmente no Vilões Anônimos, por assim dizer. Ralph, cansado de ser sempre tratado como um vilão, resolve dar uma de herói e embarca em uma aventura fora do seu jogo, aventura esta que vai impactar na vida de muitos personagens.

Sem entrar em mais detalhes para não estragar as várias surpresas do filme, “Detona Ralph” é uma animação super divertida, bonita e com aquela mensagem que a Disney sempre propõe em seus filmes. E a dublagem brasileira esta excepcional, uma das melhoras que eu já pude conferir.

“Detona Ralph” é uma animação que mostra que podemos sim adaptar filmes de vídeo game para as telonas com grau de excelência e o mérito aqui vai todo para Rich Moore, oriundo da televisão e que faz aqui seu debut nas telonas. Se para muitas adaptações, ou até mesmo animações, é um Game Over, para Ralph e a Disney, é um início de um longo e prazeroso caminho de sucesso, com muitos loadings e restarts, mas todos para satisfazer o jogador/espectador.

Direção - Rich Moore

Roteiro - Rich Moore, Phil Johnston and Jim Reardon

Duração - 108 min

Gênero - Animação

Nome Original - Wreck-It Ralph

Pais - EUA

Ano - 2012

Leia Mais