Keblinger

Keblinger
O sucesso Titanic volta a ser exibido nos cinemas, agora em 3D. Confira as salas e horários!

12 de nov. de 2012

Frankenweenie



Depois de uma fase considerada quase desprestigiosa (mesmo com grandes sucessos de bilheteria estrondosos, porém hipercomercias e menos autorais), Tim Burton recupera a aura que conseguiu construir com os primeiros filmes. Frankenweenie, por sinal é a ampliação do curta homônimo de 1984, apresentando os elementos típicos do estilo do diretor e produtor. Entrega, nesta releitura, uma bela, emocionante e singela homenagem ao gênero que possui ícones inconfundíveis.

Utilizando a tradicional animação em stop-motion, em preto e branco providencial e um 3D eficaz, garante um charme valioso ao filme animado. A deliciosa gama de referências, satisfaz em cheio os fãs mais aficcionados. Os traços retilíneos dos personagens, cenários realmente bem elaborados e a trilha sonora inspirada de Danny Elfman, remetem aos clássicos do terror/horror. Assim, mais os adultos saberão aproveitar o deleite visual (também um atrativo para as crianças) e a trama desenvolvida, cuja base é a amizade genuína.

Nela, o garoto Victor Frankenstein (voz original de Charlie Tahan), perde o companheiro mais querido, o cachorro Sparky. Repentinamente, o bichinho de estimação morre, desencadeando o inconformismo em Victor. Apelando para experimentos científicos, frutos também da competitiva feira de ciências da escola aonde estuda, sob o comando do professor Mr. Rzykruski (Martin Landau), o menino consegue trazer a vida de volta à Sparky. O fato se propaga pela localidade, com conseqüências bem gigantescas para os principais envolvidos, principalmente para Victor e o fiel cão.
Burton, neste ponto, então, começa a fazer um desfile de inúmeras referências ao cinema de horror, com muito humor e sagacidade. Fica evidente, a busca por uma homenagem sincera. Estão presentes, símbolos do gênero, que contribuíram para se criar uma identidade, com personagens característicos e influências mais que comprovadas na filmografia do cineasta, como Drácula, Frankenstein e até Godzilla. Parte-se, então, por tabela para a constatação de uma auto-homenagem. já indicada pela fisionomia de atores parceiros em personagens chaves. Johnny Depp, por exemplo, "empresta" o rosto e trejeitos para Victor, que curiosamente não dublou!!

Outros atores, como Winona Ryder, Catherine O' Hara, Martin Landau, Helena Boham Carter e o eterno Drácula Christopher Lee, além dos traços físicos, enriquecem os personagens com as vozes. Um meio mais que imaginativo de mesclar a base clássica homenageada, com partes vivas da identidade autoral do diretor/roteirista construída com criatividade, aumentando a diversão!!

Os primeiros e mais significativos exemplares do estilo Burton estão presentes em diversos personagens, situações e na condução da narrativa. Elementos de Os Fantasmas Se Divertem, Edward Mãos de Tesoura e Ed Wood, maravilhosamente inseridos, dando um tempero especial e ampliando o grau de satisfação para fãs saudosos dos bons tempos do cineasta. O clima só ganha em credibilidade, pois rende momentos de emoção, um entretenimento dos bons e  a certeza da competência de Burton em criar personagens marcantes, que cativam pela atitude corajosa e sincera!!

Uma volta às origens bem sucedida, em boa hora para os fãs e  principlamente, para Burton.

Direção:Tim Burton
Roteiro: John August, Tim Burton, Leonard Ripps 
Gênero: Animação
Nome Original: Frankenweenie

País: EUA
Duração: 87 minutos

1 comentários:

com certeza já é candidato ao Oscar de amimação