Chega finalmente à Belém o novo e aguardado filme de Tarantino: “Bastardos Inglórios”.
Desde sua obra-prima de 1994 (“Pulp Fiction”), os fãs ficam se perguntando se Tarantino conseguiria superá-la e ele quase conseguiu neste excelente “Bastardos Inglórios”. Digo quase, pois há algumas cenas um pouco monótonas, fato que tirou alguns pontinhos do filme de Tarantino, mas sem desmerecer a aula de cinema que ele dá novamente.
O filme é sobre a 2ª Guerra Mundial, mais propriamente dito, sobre um grupo de americanos conhecidos como os “Bastardos”, que tem como intuito matar o maior numero de nazistas possível. Os Bastardos são compostos por seu líder, o Tenente Aldo Raine (Brad Pitt), seu braço direito, o Sargento Donny Donowitz (Eli Roth), o temido Sargento Hugo Stiglitz (Til Schweiger), entre outros. Pela frente, eles terão um adversário à altura, o Coronel Alemão Hans Landa (Christoph Waltz), famoso caçador de Judeus e militar inteligente e estratégico que desde sua primeira cena no filme mostra a que veio.
Com seu toque de sempre (abertura a moda antiga, divisão da história em capítulos, trilha sonora marcante, diálogos inteligentes e longos, e sangue, muito sangue), Tarantino nos presenteia com mais uma excelente direção, seja em suas cenas (muito bem montadas), seja em seus atores (principalmente a dupla Pitt e Waltz que tem excelentes atuações, ainda que todo o elenco esteja ótimo, em perfeita sincronia). Mas aqui deixamos Brad Pitt de lado para falar deste que é o nome do filme: Waltz. O ator é um show a parte. Ele rouba todas as cenas em que aparece, é um vilão que nem parece vilão de tanto que consegue cativar o publico. É o típico nazista que aqui nem parece nazista ate a execução final de seus atos. É indicação certa para o Oscar 2010.
Voltando a falar do maravilhoso elenco, ainda temos a beleza e o talento de Diane Kruger como a atriz Bridget von Hammersmark, Michael Fassbender como o Tenente Archie Hicox, que as ordens do General Ed Fenech (Mike Myers em participação especialíssima) será o elo de ligação entre Bridget e os Bastardos em um golpe que eles planejam dar em Hitler e em todos os senhorios alemãs; temos também a bela Melanie Laurent como Shoshanna Dreyfus, a dona do cinema que é palco para a cena “final” do filme.
O filme tem algumas cenas monótonas sim, mas altamente relevantes graças ao resto do filme: uma montagem de cenas explosivas e inesquecíveis, diálogos maravilhosos e marcantes (forte de Tarantino) e atuações empolgantes ao extremo.
“Bastardos Inglórios” demorou anos para ser feito, mas saiu para ficar na memória de todo fã de cinema e, principalmente, todo fã de Tarantino como um dos melhores filmes de guerra já feitos, um dos melhores do mestre e um dos melhores do ano.
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