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29 de set. de 2012

Looper - Assassinos do Futuro

Um dos mais atraentes desejos do homem é viajar no tempo. A transposição deste objetivo para a literatura e o cinema sempre foram recorrentes. H.G. Wells, com A Máquina do Tempo, criou um ícone literário. Foi imitado e reimaginado diversas vezes. Para a Sétima Arte, alimentou a Ficção Científica, enquanto gênero que aposta no fantástico, mas com os pés fincados na natureza humana real. Não deixando, portanto, de ser plausível.

Exemplos como a trilogia De Volta Para o Futuro, alcançaram enorme sucesso por saber explorar de forma inteligente e divertida o mote da vigem no tempo, fortalecendo o filão no meio cinematográfico. O tema não se esgota.

Em Looper - Assassinos do Futuro, daqui a 30 anos se deslocar no tempo, é possível. Mas é ilegal. Os meios governametais a proibem. As oraganizações criminosas utilizam este meio para dar cabo a desafetos. Funciona da seguinte forma: estes "obstáculos" são enviados ao tempo presente para serem eliminados aqui por assassinos profissionais. O porém é que estes executores também serão eliminados, obrigatoriamente, ao final deste período de três décadas por eles mesmos, para evitar problemas futuros para os criminosos,  fechando assim um ciclo, um loop.


Assim, encontra-se Joe (Joseph Gordon-Levitt). Um assassino eficiente e  precavido. Em uma de suas missões, encara de frente, ele próprio (Bruce Willis), enviado do futuro, que consegue escapar. Consequentemente, tudo muda para Joe, a organização criminosa e o futuro de outras pessoas ligadas a tudo isso. Como o líder da organização, Rainmaker; o homem responsável por recrutar os loopers no presente, Abe (Jeff Daniels); a dona de uma pequena propriedade, Sara (Emily Blunt) e o filho dela, Cid (Pierce Cagnon, impressionante).

É deste ponto que o roteiro do também diretor Rian Johnson ganha contornos muito mais abrangentes e surpreendentes. As noções de causa e consequência são cuidadosamente trabalhadas. O Joe do futuro e o do presente criam uma ligação bem coerente e as ações desencadeadas possuem nexo para o desenrolar fluente da narrativa. O interesse pela solução adotada para determinada situação é crescente. A condução de Johnson raramente é previsível, surpreendendo positivamente, Com isso, as peças vão se encaixando, sem contudo, soarem estranhas ao que já foi mostrado até então. Um quebra-cabeça bem montado, bem dirigido e valorizado ainda por vários outros atributos.

A direção de arte, lembrando as ficções científicas retrô, só reforça a crueza do cotidiano repressor. Soluções visuais e efeitos orgânicos inseridos com eficiência. Trilha sonora e edição em consonância. E, claro, as ótimas atuações do elenco!!

Bruce Willis mandando ainda muto bem nas sequêcias de ação, provando que consegue manter a adrenalina em alta no publico. Gordon-Levitt, com expressões e trejeitos  compatíveis à de um assassino frio, mas não completamente desumano. E Emily Blunt, interpretando uma mãe realista. Uma menção à parte ao ator mirim Pierce Cagnon: ele simplesmente toma conta das cenas quando aparece!! Talentosissimo e com uma carga de responsabilidade enorme, devido ao personagem Cid na trama, que ganha uma importância vital para a configuração definitiva da narrativa!

Looper é uma ficção científica que não revoluciona. Porém, ao fugir de armadilhas comuns ao gênero, ganha muitos pontos positivos e comprova que o gênero ainda pode surpreender, fazendo entreter e pensar!!!



Direção e Roteiro: Rian Johnson  
Duração - 118 min
Gênero:Ficção científica
Nome Original: Looper 
País - EUA
Ano - 2012

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