Quando ouvi que haveria uma refilmagem do excelente filme sueco estrelado por Noomi Rapace e Michael Nvqvist, fiquei chateado, pois agora parece que é moda em Hollywood refilmar bons e recentes filmes estrangeiros, mas eis que o nome ligado ao projeto foi do grande diretor David Fincher e isso começou a mudar minha perspectiva.
A história do filme é sobre o jornalista Mikael Blomkvist (Daniel Craig muito bem no papel) que, após perder uma briga na justiça contra um poderoso magnata, fica desacreditado e com vontade de largar o trabalho, até aparecer uma intrigante proposta feita pelo poderoso empresário Henrik Vanger (Christopher Plummer). Durante este novo serviço, Blomkvist conhecerá a estranha, porém genial, Lisbeth Salander (Rooney Mara excelente no papel – justificando sua indicação ao Oscar), que o ajudará na investigação. Essa parceria irá gerar uma grande afinidade entre ambos.
Esta versão de Fincher é tão boa quanto a original sueca, porém, mais caprichada em sua produção, acredito que por conta do orçamento do qual Fincher dispunha. Desde a excelente abertura já vemos como será o clima do filme, um procedural dark bem estiloso, com uma direção precisa e cuidadosa e uma ótima edição. Outro ponto positivo nesta versão é a impactante trilha sonora, que faz parte de cada segundo do filme e sem ela não seria a mesma coisa. O responsável pela trilha sonora é Trent Reznor, que também fez a trilha sonora de “A Rede Social” e foi premiado com o Oscar por ela. Fincher introduz aqui fatos que não foram mostrados na versão sueca, assim como também resolve tirar outros que não julgava tão interessantes, como a maior interação de Blomkvist e sua equipe da Revista Millenium.
“Os Homens que Não Amavam as Mulheres” é um filmaço, mas aos que não tiveram o prazer de ver o original sueco, eu aconselho que vejam, mesmo que saibam praticamente tudo que acontecerá. Vale a pena ver a visão de outro cineasta e as diferenças entre as produções, principalmente a atuação de Noomi Rapace como Lisbeth Salander. Façam este teste e depois digam qual das duas versões preferem ou se acham (assim como eu) que ambas são excelentes, cada uma a seu modo.
Direção: David Fincher
Roteiro: Steven Zaillian
Duração: 158 min
Gênero: Drama/Policial
Nome Original: The Girl with the Dragon Tattoo
País: EUA/Suécia/Alemanha/Reino Unido
Ano: 2011
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